sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dos adesivos, dos vidros, dos carros, das pessoas...

Manifestar publicamente nossos achismos, pensamentos e filosofemas de vida é atitude corajosa e louvável, além de ser artifício para alfinetar os desafetos. Há inúmeras maneiras de tornar pública nossa opinião. Este blog é uma delas. Outro exemplo são as inscrições que os proprietários grudam nos vidros dos automóveis: "Amigo é igual a sol só aparece quando o tempo está bom". A metáfora é tão rasa quanto uma piscina plástica, mas não é o conteúdo da mensagem que me interessa e sim o formato que o autor lhe deu. Em primeiro lugar o Astro Rei é único, por nossas bandas galáticas não existe outro Sol. Sendo assim,  a presença do artigo definido é indispensável (igual aO sol). Mais adiante o livre e anônimo pensador afirma que a estrela maior só aparece quando o tempo está bom, como se a aparição solar fosse uma consequência. O sol está sempre lá em cima, reinando absoluto. Portanto, sua aparição é condição de um "tempo bom". 
Como se vê, em tempos de escassa lealdade, o motorista-autor não teve amigo que lhe apontasse o equívoco lógico-linguístico. 

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Tabuísmo, tabu e preconceito

Por mais banalizado que esteja, o sexo ainda é considerado um tabu para alguns. As palavras e ações relacionadas a esse tema ganham muitos apelidos que em nada colaboram para o eufemismo, só embrutecem e vulgarizam aquilo de que todo mundo gosta. Esses significantes chulos que designam pênis, vagina e etc. são chamados tabuísmos.
Muito embora não esteja vinculado ao tema mencionado, o destilado nacional é alcunhado de diversos nomes, quase sempre depreciativos. Eu como um defensor aguerrido da bebida, fico por demais aborrecido. Amigos meus, que ostentam panças agigantadas pelo excesso de cerveja e tira-gosto, não me podem ver empunhar um copinho de "apaga-tristeza" que me chamam de pinguço e cachaceiro. Como se na aloirada e gélida dama não houvesse a devida percentagem de álcool. O que se passa é um tremendo dum preconceito com a brasileiríssima "cem-virtudes". O uísque, por ser das estranjas e bebida das elites, recebe o merecido respeito. Mas não podemos esquecer que qualquer pé-imundo que se preze guarda na prateleira uma garrafa de "velho oito" que passa longe do sabor do maltado escocês. Fica distante antes, durante e depois, pois a ressaca desse paraguaio dura oito dias. A "lágrima-de-virgem" é consumida por figurões tupiniquins além de fazer boa fama no exterior. Só o brasileiro-médio, muito medroso e agarrado a julgamentos equivocados, resiste em dar uma beiçada na "maria-meu-bem".
A "danadinha" tem também diferentes rótulos e procedências. Os preços podem variar de R$ 4,00 a R$300,00 (ou mais). Com a "fogosa" ordinária comprada no mercadinho, eu faço uma caipirinha ou um traçado. Uso da "ximbica" luxenta oriunda do alambiques afamados para beber antes do almoço, já que abre o apetite, e para degustar após a refeição para que a digestão se faça melhor. 
Os tantos chamamentos que minha "braquinha" recebe comprovam que:
1) Ela é adorada pelo Brasil afora;
2) Seu consumo sempre foi visto como tabu, daí tantos apelidos, tantos rodeios para designar o objeto.
Não quero me passar por dependente etílico. Meu discurso apaixonado se justifica pelo fascínio que a "molhadinha" exerce sobre mim. E não admito que a chamem de "marvada".
Saúde!

Tirânica Felicidade

A Santa Felicidade deixou de ser um direito e se tornou um dever. Aquele que não ostenta a tal felicidade é considerado um renegado, um fora-da-lei. Não posso ter menos dinheiro que você, não posso ter um carro inferior ao seu, não posso conquistar menos mulheres que você. Se assim for, terei de carregar uma cruz de chumbo. A procura por bem-estar e satisfação absolutos adoece muita gente porque é uma busca fadada ao fracasso. Não se pode esquecer que o tempo impossibilita a existência de qualquer estado permanente que não seja a morte e que todos nós temos o direito de sofrer e  de ser infelizes. Eu, muito particularmente, percebo a felicidade quando ela já partiu. Enquanto feliz eu sou, estou fazendo algo mais interessante do que me preocupar com ela.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Carioca mas nem tanto

O bairrismo é traço comum àqueles que tem amor pelo seu bairro, distrito ou cidade. Até certa medida, é muito compreensível ser bairrista. 
O "porém" do bairrismo saudável é a mania feia que os cariocas têm de falar mal de paulistas e da cidade da garoa; muitos dizem não gostar de São Paulo mesmo sem nunca lá ter pisado. 
Apontar o sotaque alheio como esquisitice é também uma fixação de certos cariocas. Quem tem sotaque é sempre o outro, nunca nós mesmos. Saudade do Mussum...O trapalhão soube bem enfatizar o nosso falar chiado, fazendo a gente sentir o quanto deve ser esquisito para um curitibano ouvir o "carioquês".
Outro costume que eu não tolero é o "vamos marcar..." O carioca adora dizer vamos isso, vamos aquilo para depois não confirmar, não desmarcar e, muitas vezes, furar. Tempos depois decide fazer visita sem ser convidado.
Sou muito mais moleque do brejo que menino do Rio.
Estou mais para cabra-macho do que para sujeito homem.
Mas se há algo que eu adoro em nosso povo é predisposição de trocar ideia com desconhecido no meio da rua, de dar informação com empenho e correção. Aí eu me identifico: Sou carioca mermo.

Escrever se aprende escrevendo

Sou muito melhor leitor que escritor. Já li muitos clássicos, já li romances alternativos e proibidos. Leio manual de instrução, leio as inscrições anônimas das paredes dos banheiros. Minha bagagem literária não se derrama sobre minha escrita por um motivo simples: Leitura é um processo; Escrita é outro. Prova dessa independência é a própria escola. Os alunos leem os paradidáticos, fincam os olhos nas cartilhas, queimam a vista nas semanas de prova e geralmente tornam-se produtores textuais deficientes.
Nunca soube de viv'alma que aprendeu a beijar observando atentamente  as tipologias de beijo. Não há notícia de manual publicado que ensine a "arte do beijo". Para se aprimorar qualquer habilidade, a prática é indispensável. Este texto, por exemplo, é cria de um leitor voraz, conhecedor das técnicas de redação, mais está muito mau escrito.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A cojunção comparativa "Como" e seu poder enganador

Quem nunca escutou frases do tipo: Você é como um filho para mim!. A conjunção comparativa em questão é prenhe de sentidos; um deles é o de negação. Em outros termos, você é um filho hipotético, de mentirinha. Filho-fantasia não é filho.
A citada manifestação verbal de afeto dura até o momento em que a prática se faz urgente. Como por exemplo, a hora da partilha dos bens. Aí a negação travestida de igualdade revela sua carranca madrasta e a exaltada filiação ganha as cores da orfandade.

Chanbelly: Não provei e tive indigestão

Os homens se aborrecem quando cortejam e não levam pra cama. As mulheres se chateiam quando vão para cama e deixam de ser cortejadas. Por razões opostas, varões e varouas se sentem igualmente ultrajados.

Chambelly. Ela, em sua gôndola da baixada fluminense, acenou para o meu paladar com toda pompa de sua fruta, prometendo sabor e cremosidade. Descambei da zona norte para Mesquita para dar vazão ao meu apetite. Chegando lá, Chambelly se negou a saciar minha fome e, para elevar minha gula à condição de suplício, escolheu um consumidor mais antigo. Durante a viagem de volta, vim vomitando indignação e ressentimento no ouvido do taxista. O motorista confidente tentava em vão fazer uso do discurso antiácido:
"Marca com ela outro dia... Se lambuza e mete o pé!"
A moça com nome de sobremesa bem que abriu precedentes para a consumação de minha vingança. Achei melhor não levar à frente. De vítima passaria a algoz de um joguinho previsível e enfadonho que conheço bem e cujo prêmio já me empanzinou o espírito.

domingo, 18 de julho de 2010

Quando a inversão do sintagma faz toda a diferença III

A justiça praticamente obriga os supostos genitores a se submeterem ao exame genético comparativo. Forçar um indivíduo a ser  pai de papel é mole. Difícil é obrigá-lo a exercer o papel de pai.

sábado, 17 de julho de 2010

O Magistério é uma cachaça; mas se fosse um brandy não daria ressaca

No início dos anos de 1990, eu era um aluno dos mais endiabrados. Assassinava as aulas que julgava chatas para ir comer pastelão com fanta uva na lanchonete da esquina. Apontava para a barata que andava sobre a máquina de suco para chamar o garçom de porco. Saía correndo depois, é óbvio.
Dentro da escola, aprontava em todas as aulas; era advertido por diversos professores. Mas havia, em especial, um professor que aguçava minha indisciplina: O professor Tobias, que lecionava Artes Plásticas - desenho, para os leigos.
Tobias já me parecia com a idade adiantada, andava todo de branco e exalava a aguardente.Somado a isso, mestre Tobias era um tanto surdo. Ouvia tão bem quanto uma pedra. Muitas vezes eu gritava: "TOBIAS CACHAÇA!!!". E o professor nem atinava...
Em razão de minha pouca destreza com a matéria somada à minha preguiça imensa, eu sempre ficava em recuperação em Artes Plásticas. Numa dessas intermináveis aulas tardias, o mestre pinguço determinou um trabalho cujo o tema era livre. Em outras palavras, podia-se desenhar qualquer coisa.
Eu, blindado com minha revolta, peguei o lápis 6B e a borracha Sakura e dei início à minha obra de arte. Utilizando todas as técnicas ensinadas pelo etílico professor, desenhei uma garrafa de pinga que em seu rótulo trazia a seguinte inscrição: TOBIAS.
Entreguei o desenho com a certeza de que seria reprovado, advertido e suspenso até, mas a ideia de ofender Tobias em sua moral professoral era a grande recompensa.
O lente pegou o trabalho, avaliou com bastante atenção e deu o veredicto: "Bom!". Lá se foi meu trabalho para o mural dos desenhos premiados. Para minha perplexidade o professor não se sentiu ultrajado e ainda ganhei a aprovação como prêmio.
Atulamente, ainda encontro com o mestre pelos botecos do bairro. De cabeça branca, ainda se veste tal qual um médico e finge se lembrar de mim... Hoje sou solidário ao velho professor e compartilho do gosto pela água que passarinho não gosta de beber.

Direitos de Imagem

Meus raros e solidários leitores,
O burrico ancestral que atende pelo nome de Dicionário não quis mais ter sua imagem relacionada ao meu blog. Segundo o Equus asinus em questão, os registros desta página eram mutíssimo polêmicos e agressivos. Ele ainda alega preferir um emprego convencial, com carteira assinada e benefícios.
A égua Potyra da Macadâmia está estudando a hipótese de ceder suas imagens para este veículo.
Potyra é casada, dança em um programa de auditório e mora em um estábulo de Sepetiba.

Quando a inversão do sintagma faz toda a diferença II

Não é preciso ser douto em linguística para perceber que, se mudarmos a posição de uma palavra em um enunciado, podemos estabelecer novos sentidos.
Exs.: Boa professora # Professora boa
        Grande homem # Homem grande
É a partir deste raciocínio que estabeleço a distinção entre melhor amigo e amigo melhor.
melhor amigo é aquele sujeito que estabeleceu laços de amizade para com você há muito tempo. Você o conhece bem, sabe dos seus defeitos, das suas falhas, é testemunha de sua anônima história. Com ele, pode-se contar em todas as horas porque existe uma relação simbiótica tácita.
Já o amigo melhor veio a pouco. Não traz a bagagem de uma vida inteira, mas, para compensar, apresenta-lhe pessoas novas, conta outras histórias... Tudo a um preço afetivo módico.
O melhor amigo é denso;
Um amigo melhor é leve.
Melhor seria se pudéssemos transformar os amigos melhores em melhores amigos.

Quando a inversão do sintagma faz toda a diferença

Ao me deparar com 29 aniversários, fiquei muito assustado. Fiz meu inventário afetivo e constatei que acumulara namoros falidos e amores mumificados aos quais me dediquei por demais, esquecendo-me de investir tempo em ações afetivas mais duradouras e menos instáveis.
Não tenho sequer melhor amigo.
Estou à procura de amigos melhores.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Orgia Pedagógica

Os Conselhos de Classe, [cóquis] para os íntimos, podem ser classificados como uma deprimente mixórdia. Tias tetecas, maus profissionais, mestres hipócritas, entusiastas, orientadores deitões, além da conhecida escumalha que povoa a educação, formam o caldeirão propício para o conselho de babel.
As pedagogas falam por diminutivos;
Os tacanhos, medrosos e inconpetentes se calam;
Os insatisfeitos vociferam;
Os vaidosos discursam saberes.
Mas no fim ninguém se entende e a reunião chancela o  triste continuísmo da incomunicação. Somente a miséria comprovada pelos contra-cheques tem unânime compreensão.
Chamar conselho de classe de orgia é ignorar a objetividade e a satisfação que caracterizam uma boa surubada.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Janete quis casar

Aflita por casamento, "Neti" apelou para todo tipo de estratagema.
Recorreu à venérea simpatia.
Enquanto o príncipe Ficante dormia o sono de um corpo saciado,
Janete muniu-se de uma tesourinha e cortou basto tufo  dos pentelhos escrotais.
E para sacramentar o herético feitiço,
Colou os fios pubianos no rosto do santo casamenteiro para um marido conseguir.
Santo Antônio, iracundo, jogou o moleque Jesus para o alto.
Ávido por recuperar seu rosto imberbe,
Fez do príncipe Ficante um marido batráquio.
Janete apanha de quando em vez,
Janete é objeto do coito de vez em quando.
Ela segue muito devota.
Ao menos pode levar a mão espalmada sobre o seio
E gritar a quem quiser e não quiser ouvir:
"EU TENHO MARIDO!!!"

A escultura de louça

A hipocrisia é a escultura sanitária que cobre uma babilônia de merda.
Em certa medida é tão necessária quanto o trono privado.
O vaso torna o ato de defecar algo mais elevado.
Apertamos a descarga e nos livramos dos dejetos indesejados.
Já nossa dissimulação eleva as verdades intragáveis à condição de mentiras toleráveis.


Houve um tempo em que você só dizia a verdade e dava tchau pro cocô.

"Master dave" ensina o conceito de coerência

Mensalidade: R$ 445,00
Mochila: R$ 170, 00
"Merenda": R$ 5,00.
Zoar na aula de Português: não tem preço.



PS - Ser reprovado custa muito caro para o aluno e para os pais.
.

tapa-sexo bimestral

A pudicícia pedagógica muito agrada a pais e responsáveis ávidos por desempenho numérico. Mas eles não sabem que nota é como biquíni: esconde apenas o essencial.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O dia que pensei em um antônimo para "ciúme"

Estava eu no sarau suburbano à espera de minha ficante;
quando ela me surgiu com um homúnculo à tiracolo.
Na intenção de tocar o terror em minha exclusividade.
Foi então que me nasceu um sentimento inédito,
que batizei desciúme.

Naty usa cona

Natycleya faz uso de conacyd.
Não gosta do olor que se desprende de sua bolsinha cravejada de falsos brilhantes. Mas bem sabe que o bodum que lhe sinaliza a emergência  do banho, é o mesmo cheiro que chamarisca os machos.
Fragância sedutora para davids, robertinhos e tantos outros sátiros famintos por baby beef
A garota conacyd hipoteca o próprio corpo.
Capciosa, é convidada para jantares, cinemas e recebe flores.
Seduzir é prometer sem garantir, enquanto o outro, sôfrego, assina a página em branco.
Todos os caras sabem disso.
O que eles não sabem é que
Natycleya faz uso de conacyd.

Re-Globo

Pra você que gosta de falar mal da Globo, fique sabendo que a concorrente deveria receber a alcunha de Re-GLOBO.

A quem interessar possa

Dona *****,
Teu pensamento é pura excrescência. A massa encefálica que guardas em sua jabulani mal-formada é morada de tapurus de fescenino paladar. Teu hálito é nauseabundo porque materializa ideias purulentas. Aquele que um dia fora aluno teu sofreu diarreia psicológica e morreu de revertério espiritual.
Assinado teu fiel e indissolúvel companheiro:

FEDOR





O caráter já nasceu capado

A letra H é o única que é realmente muda em nosso Português. Ela é apêndice, grafema vestiginal. Só figura nas palavras por herança advinda das línguas-avós - cuja a pronúncia do agá era aspirada, mais ou menos como no inglês horse -, mas que hoje só faz figuração e é acompanhate de certas letras para com elas formar os dígrafos (lH /cH/nH).
O H é, portanto, letra da aparência que, quando principia uma palavra, constitui uma imagem oca, destituída de qualquer som.
Para contrariar a desimportância da oitava letra do alfabeto, ouve-se do talentoso Matogrosso e dos varões que querem ilibar suas machesas: "Sou homem com H!".
Não.  Admito que estou forçando a barra.
A verdade é que os machos falantes substituíram o título do poema-canção pela seguinte frase: "Sou sujeito homem!" O sintagma-pênis é proferido sempre que o suposto machão quer confirmar sua coragem, sua varonice, sua retidão e a consistência de seu ereto e reto caráter.
Ouvi o sintagma fálico de um sujeito para quem trabalhei e demorei para ver a cor da remuneração. Até hoje, passada uma trinca de meses, o sujeito composto por três núcleos (uma sociedade de tratantes) ainda me deve R$ 150,00. Quando protestei contra o calote travestido de atraso, o sujeito repimpou e berrou ao telefone: "Sou sujeito HOMEM!". Como se ser Homem, ou melhor, como se o fato de ter uma cauda entre as pernas salvaguardasse a incolumidade da exaltada hombridade.
Para tais arquétipos de pretensa virilidade eu digo:
"Homossexual" também se inicia por "H".
Clóvis Bornay também era homem .
Caráter não tem pinguelo.
Teu caráter mede 1cm.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Toda a discussão infrutífera descamba pra baixaria

Então disse o gramático:
"Os monossílabos tônicos que são terminados em 'U' não recebem acento gráfico. Quem grafa acento em tais vocábulos despetala a última flor do lácio"
Retorquiu então o linguista recém-formado na Faculdade da Ladeira:
"Apodere-se do acento e enfie no CÚ"